A felicidade é uma sensação que sentimos, uma sensação boa, prazerosa. Porém qual o motivo de nos sentirmos felizes e o que traz a felicidade? A única maneira de responder essas perguntas é analisar a formação do homem.
Sabemos que os prazeres que sentimos estão diretamente relacionados com nossas necessidades, ou seja, sentimos prazer nas coisas que eram e são importantes para sobrevivência individual ou coletiva da espécie.
Nos sentimos felizes quando temos capacidade de satisfazer os nossos prazeres, estes estão relacionados com as necessidades individuais e sociais da nossa espécie, comer é um prazer, essencial para a sobrevivencia de cada um, assim como o prazer pelo sexo é essencial para a sobrevivencia da espécie.
Ao mesmo tempo que precisamos estar livres do outros individuos, porque isso diminui a concorrencia pelos prazeres, também é importante gostarmos de estar com os outros e sermos aceitos pelos outros.
Isso fica claro ao analisar qualquer grupo, ao mesmo tempo que dentro do grupo existe uma briga, que é chamada de uma disputa intra-especifica, que é interresante para o grupo porque esta briga elimina os “fracos” (menos adaptados) e os “fortes” (mais adaptados) sobrevivem, logo aumentando a força do grupo. Porém, quando esse grupo entra em guerra com outro grupo, é interressante que ocorra uma união e a disputa interna fique para trás. Logo, se conclui que ambos são importantes.
Todos procuram ambos: aceitação e liberdade, porque ambos são importantes para a sobrevivencia, e ambos estão ligados com o conceito de felicidade. Ou seja, precisamos de dinheiro e poder, porém precisamos de "amor" (união) também. Ambos são importantes e ambos trazem felicidade, por isso que acho que a busca correta, não é escolher um dos dois e sim ter o equilibrio.
A felicidade e os prazeres é uma maneira autonoma, “criada” pela natureza, para fazer com que os individuos repetissem uma ação, e como um método de comunicação, quando sentimos dor, normalmente gritamos, e quando sofremos choramos, isso são maneiras de alertar o grupo. Assim como a felicidade é uma maneira de verificar se o individuo é “bem adaptado” (individualmente e socialmente), logo é uma característica de selecionar parceiros, quando procuramos um parceiro tanto na amizade como sexualmente falando, procuramos alguem que seja feliz, que irá nos trazer felicidade, porque os tristes, depremidos não são interessantes, a não ser que nos acompanhem na amargura.
Assim como o livre-arbitrio, ocorre uma tendencia de ir contra as explicações baseadas na ciencia para explicar os nossos sentimentos, porém a proposta não é falar algo bonito, poético e sim explicar como funciona, quais são os momentos mais prazerosos na vida de alguem? Não é quando nasce o filho, quando fazem sexo com alguem que consideram “bem adaptado”, quando se realizam pessoalmente, quando estão convivendo socialmente, quando o filho se realiza tanto individualmente como socialmente. Logo percebemos que é um fato, a felicidade está relacionada com a sobrevivencia da espécie.
Mas nunca estamos sempre felizes, a felicidade é como a fome, comemos e nos saciamos, mas o tempo passa e precisamos comer de novo. O que é muito discutido é que essa característica da felicidade ser insaciável, não ser eterna, é um problema, quando na verdade não é. Se não tivéssemos fome, não teríamos o prazer em comer, logo eu prefiro sentir fome, porém depois sentir o prazer em comer do que não sentir nenhum dos dois.
O sofrimento e a dor não são problemas, são as maneiras que a natureza encontrou do homem sobreviver, logo não aceitá-los é não se aceitar.