terça-feira, 19 de agosto de 2008

Liberdade

A Liberdade realmente existe? Para discutirmos a possibilidade de atingir tal estado, temos que levar em consideração todas as variáveis que envolvem esse conceito.
A primeira liberdade que vem à cabeça é a de ir e vir, os prisioneiros não possuem essa liberdade pois estão condicionados ao tamanho da cela, mas também estamos condicionados à natureza, ou seja, não podemos ir para todos os lugares que queremos a hora que queremos, estamos condicionados as leis da natureza que não conseguimos "superar", e a maioria de nós financeiramente presos para usar as tecnologias que já foram desenvolvidas.

E podemos ainda colocar que estamos presos as pessoas que são íntimas em nossas vidas, como nossos cônjuges, amigos e principalmente os filhos, se buscar a liberdade significa buscar a possibilidade de satisfazer os prazeres, e estar com um filho é um prazer, então temos um paradoxo, pois de um lado temos o prazer da liberdade e do outro o prazer em estar com o filho. Viver sozinho e não ter filhos é ter liberdade, mas de qualquer maneira caímos no paradoxo, pois a felicidade está condicionada ao social, e a busca por liberdade tem como escopo a felicidade então caímos no paradoxo.

Do mesmo modo que os instintos são necessários à sobrevivência, a formação de uma sociedade também é. E, mais que necessária, também pertence ao campo dos instintos. A espécie humana é muito social, e este aspecto foi um dos determinantes na nossa capacidade de adaptação e dispersão.

E toda espécie social, mesmo entre os animais, possui suas regras, que muitas vezes constituem paradoxos, assim como as nossas. Por exemplo, uma matilha de cães tem um macho dominante, e este é o único que tem o "direito" de se reproduzir. Mas os outros cães também possuem o instinto de se reproduzir. A regra social da matilha, então, entra em conflito com os outros instintos mais básicos (individuais) da maioria dos indivíduos que a compõe.

Mesmo que houvesse a possibilidade de viver feliz sem a presença de qualquer ser, estamos condicionados naturalmente às nossas necessidades, e todas essas nos proporcionam prazer, estamos presos à fome por exemplo, não podemos ir para lugares onde não é possível obter alimentos, assim como não podemos comer tudo que queremos pois podemos morrer ao comer um cogumelo venenoso."

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